domingo, 3 de outubro de 2010

Escandalo Ballet Rose

No final dos anos 60 rebentou em Portugal um escândalo sexual, envolvendo políticos poderosos do Regime do Estado Novo, prostitutas e filhas de prostitutas, meninas muito jovens, de 8 , 9 , 10 anos, que eram entregues pelas mães para se prostituirem com vários dignitários do Regime
Ficou na história conhecido como o "Rallet Rose".

Como se sabe , em 1967 rebentou um escândalo de abuso sexual de meninas, algumas com 8 e 9 anos, por parte de gente muito influente do Regime do Estado Novo.
Além de Condes, Marqueses, estavam implicados industriais, empresários e um Ministro do Governo de Salazar. O Correia de Oliveira (ministro da Economia).
Quarta-feira, Agosto 20, 2008
Ballet Rose - Abusos sexuais de crianças e a "Caça à Lolita no jardim do ministro"

Já aqui escrevi sobre o escândalo sexual, de abuso sexual de menores, que ficou conhecido por "Ballet Rose".

Mas agora vou referir o jogo sexual entre os velhadas abusadores e as crianças, o jogo chamado "A Caça a lolinha no jardim do ministro" e,porque razão ficou o escândalo conhecido por "Ballet Rose" e indicar duas ou três "coincidências" entre esse caso e o escândalo "Casa Pia".

Como se sabe , em 1967 rebentou um escândalo de abuso sexual de meninas, algumas com 8 e 9 anos, por parte de gente muito influente do Regime do Estado Novo.

Alem de Condes, Marqueses, estavam implicados industriais, empresários e um Ministro do Governo de Salazar.

A PJ prendeu a modista Genoveva, encontrou uma lista com os clientes das meninas.
Uma das raparigas foi à PJ , na companhia do advogado Dr. Fernando Pires de Lima e contou tudo o que sabia.

Um escândalo !

O Poder quis que o advogado se afastasse. Mas este assumiu a defesa da rapariga.

Foi então revelado um dos "prelimirares sexuais", que vou contar citando o Livro nº 23, da Edição Os Anos de Salazar" 1967.

O jornal italiano ABC publicou um artigo sobre o escândalo sexual com o título " A caça à lolita no jardim do ministro" .

Vou então citar o livro que acima referi neste excerto:

"Sob o título "Caça à lolita no jardim do ministro", relata-se detalhadamente a participação entusiasmada de um membro do executivo, muito próximo de Salazar, em brincadeiras com raparigas de idade inferior a 14 anos, juntamente com outros indíviduos.
Nos jardins da grande moradia que esse ministro tinha no Estoril , realizavam-se frequentemente aquilo que era descrito como "caçadas", durante as quais uma dezena de miúdas completamente despidas, com excepção dos sapatos e de uma cabeleira com uma fita colorida, eram soltas como se de uma reserva animal se tratasse. Uma vez em liberdade, os caçadores- "diversos aristocratas, o tal ministro e altos funcionários estatais" - seguiam-lhes no encalço, igualmente despojados de roupas e também com uma fita colorida. O "jogo" consistia na captura da rapariga que tivesse a fita com a mesma cor que o seu "caçador" e na consequente consumação do acto sexual. Noutras ocasiões, as menores dançavam nuas sob holofotes de luz rosa, prática conhecida como "Ballet Rose" e pela qual o caso ficou conhecido.".
In. Ob. Cit. ág. 23.

Perante o escândalo o Poder Político defendeu-se atacando o advogado de defesa da rapariga. Colocando escutas telefónicas para impedir os jornalistas estrangeiros de obter informações.Disse que estava ofendido "O bom nome de Portugal", que era tudo calúnia, difamação, que era a imprensa e a oposição que inventavam tudo.

Pressão atrás de pressão sobre a PJ , o Ministro da Justiça Prof. Antunes Varela demitiu-se por não concordar que fosse abafado tamanho crime, que era de delito comum e não político e o caso foi abafado.

Mais tarde descobriu-se que um industrial tinha até uma sala de torturas para as suas prostitutas, que uma morreu enforcada.

O regime abafou tudo.

Quem conhece o caso Casa Pia , ainda que pela comunicação social, poderá ajuízar as coincidências com o caso Ballet Rose, nomeadamente a célebre "teoria da cabala".
Com uma agravante: Vivemos num Regime Democrático, na União Europeia!!!
Picado daqui:

Embora todos os nomes nunca tenham sido publicados,envolveu o Conde de Monte Real
O processo judicial decorreu entre 1966 e 1971 (embora as investigações pela Polícia Judiciária, tenham sido interrompidas inesperadamente em 1968 e o caso abafado ao mais alto nível). O então advogado, Dr. Mário Soares, um dos denunciadores dessas práticas, foi acusado de atentar contra o «bom nome de Portugal» ao divulgar o caso na imprensa estrangeira em 1967, sendo preso e deportado para S. Tomé e Príncipe.
Alguns arguidos foram levados à barra do tribunal mas, por falta de provas, já que a maioria dos intervenientes deram versões (pagas?) de pouca credibilidade dos factos que se teriam passado, foram absolvidos, com excepção de uma modista, um administrador bancário, um proprietário hoteleiro, e duas prostitutas, e falou-se de um ou dois suicídios.
Embora todos os nomes nunca tenham sido publicados,envolveu o Conde de Monte Real,Conde de Caria e Conde da Covilhã.

Um comentário:

Luar disse...

Não esquecer que o então jovem Padre Cerejeira esteve também envolvido no caso.
Ma mais ao mesmo na mesma altura, houve outro escândalo, que envolvia também uma famosa modista da alta roda e algumas das suas jovens e belas clientes...

 

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