sábado, 30 de outubro de 2010

Um poema de uma leitora


ABUSO


A cicatriz
Fechando a mágoa
Curando falso
A dentada funda e crua
Na carne macerada

O risco na pele
A espora na ilharga
E o silêncio
Vazio
Amordaçando fantasmas

Destrutivo
É o cerco:
No centro a presa acuada
Escoiceando no escuro
Debate-se e desiste
Dominada

O corpo dissipado
Em mágoa pura
Perverso
E absoluto limite
De mim mesmo.

Milly Barreiros

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Desclassificados documentos da CIA


Portugal tem o destino traçado desde que Salazar morreu.
Marcelo Caetano tenta,com alguns generais que comungam das suas ideias fundar uma Federação de Estados,dando autonomia às colónias portuguesas.
A construção do Porto de Sines faz parte dessa estratégia,o petroleo seria refinado em Portugal.
Obviamente que o grupo Bilderberg,os USA e a própria Europa nunca deixariam que Portugal atingisse esse patamar de desenvolvimento.

Foram desclassificados relatórios da CIA.
Através destes poderemos ver que Portugal tem o destino traçado pelo grupo Bilderberg desde antes do 25 de Abril.
Postarei a seu tempo no meu blog a ligação que existe entre o caso Casa Pia,o 25 de Abril,o atentado de Camarate,a subida de Socrates ao poder e muito mais coisas que isoladas não fazem sentido,mas juntas transformam Portugal numa mera mosca comandada pelos grandes interesses financeiros.
NÃO HÁ FUTURO PARA PORTUGAL
Foi decidido há muito qual o nosso papel no mundo.
Infelizmente é fazer de papel higienico.
Não tenhamos ilusões ou esperança.
A Iberdola passou a fornecer a REFER e ganhou os contratos que lhe interessavam.
Mais saidas de divisas para Portugal e dependência energética dos espanhois.
A EDP ganhou um e alguns contratos nem concorrentes tiveram.
Se não importarmos comer,teremos reservas para 1 semana.
Vêm aí tempos muito duros,e o Orçamento é mero fait divers,o HOMEM esteve em Lisboa a ordenar a asfixia da ex classe média e mais PEC terão de ser implantados.
As crianças desaparecidas continuarão a desaparecer,a pedofilia continua impune,os crimes de colarinho branco continuarão sem julgamento.
Enfim,as greves marcadas servirão apenas para afundar mais Portugal.
O patronato vai tentar ir a reboque do Governo e congelar salários.
Os produtores de leite serão asfixiados de vez para que os grandes países produtores possam escoar os seus excedentes.
Nem me apete já pesquisar a net,só tropeço com vigarices,mentiras e esquemas.

A queda de Ferro Rodrigues não foi por se ter tentado colar à direita mas sim à esquerda.


Quem se devia também ter sentado no banco dos reus no caso Casa Pia:
-A Maçonaria
-Ferro Rodrigues
-Jaime Gama
-Catalina Pestana
-Jorge Sampaio
-Mario Soares
-João Soares
-Todos os provedores da casa Pia desde os anos 60 até hoje
-O juiz Caramelo
-O cunhado do PGR na altura do escândalo Casa Pia
-O próprio PGR dessa altura
-Paulo Portas
-Ramalho Eanes
-A própria PJ manipulada e entregue aos poderes do Estado
-O Ministério Publico,também ele manipulado aos interesses de alguns
-FRANK CARLUCCI a soldo da CIA e dos interesses americanos
-W BUSH pai
-Todos os jornalistas que durante estes anos calaram o que sabiam
-Pedro Strech
-Todos aqueles que sabiam o que se passava e se calaram durante todos estes anos,especialmente magistrados,PJ,políticos e outras figuras proeminentes deste país(sim, com letra pequena),portugal não merece o legado de D. Afonso Henriques.
NÃO QUER DIZER QUE SEJAM TODOS PEDÓFILOS,MAS O CONHECIMENTO DOS FACTOS TRANSFORMA QUEM OS SABE E NÃO DENUNCIA EM ENCOBRIDOR,CRIME PREVISTO E PUNIDO PELA NOSSA LEI.

Abaixo uma lista sucinta de todos os portugueses que estiveram em reuniões do grupo Bilderberg:
Portugal
Francisco Pinto Balsemão (1981, 1983–1985, 1987–2008),[9] former Prime Minister of Portugal, 1981–1983 and CEO of Impresa media group
Manuel Pinho (2009),[57][58] former Minister of Economy and Innovation
José Sócrates (2004),[57][58][59] current Prime Minister of Portugal
José Pedro Aguiar-Branco,[57][58][59] former Minister of Justice
Santana Lopes (2004),[57][58][59] former Prime Minister of Portugal
José Manuel Durão Barroso (1994, 2003, 2005),[57][60][61] former Prime Minister of Portugal and Minister of Foreign Affairs, and current President of the European Commission
Nuno Morais Sarmento,[58][59] former Minister of Presidency and Minister of Parliament Affairs
António Costa (2008),[58][59] former Minister of Interior and current Mayor of Lisbon
Rui Rio (2008),[58][59] current Mayor of Porto
Manuela Ferreira Leite (2009),[58][62] former Minister of Education and Minister of Finance and Public Administration
Augusto Santos Silva,[58] former Minister of Education, Minister of Culture, Minister of Parliament Affairs, and current Minister of National Defence
Marcelo Rebelo de Sousa (1998),[58] former Minister of Parliament Affairs
António Guterres (1994),[58][60][61] former Prime Minister of Portugal, former President of the Socialist International and current United Nations High Commissioner for Refugees
Ferro Rodrigues,[60] former Minister of Labour and Social Solidarity and Minister of Public Works, Transport and Communications
Jorge Sampaio,[60][61] former President of Portugal
Luís Mira Amaral (1995),[61][63] former Minister of Labour and Social Solidarity, chairman of Caixa Geral de Depósitos and CEO of Banco Português de Investimento
Vítor Constâncio (1988),[61][63] governor of the Banco de Portugal
Manuel Ferreira de Oliveira,[61] CEO of Galp Energia
Ricardo Salgado,[61][64] CEO of Banco Espírito Santo
Fernando Teixeira dos Santos (2010),[63] currrent Minister of Finance
José Medeiros Ferreira (1977, 1980),[63] former Minister of Foreign Affairs
Joaquim Ferreira do Amaral (1999),[63] former Minister of Public Works, Transport and Communications
António Miguel Morais Barreto (1992),[63] former Minister of Agriculture, Rural Development and Fisheries
João Cravinho,[64] former Minister for Environment, Spatial Planning and Regional Development
Artur Santos Silva,[64] former vice-governor of the Banco de Portugal, chairman of Banco Português de Investimento and current non-executive chairman of Jerónimo Martins
Francisco Luís Murteira Nabo,[64] former chairman of Portugal Telecom, Minister of Public Works, Transport and Communications, and current chairman of Galp Energia and president of the Portuguese Economists Association
Todos eles tiveram um papel preponderante nos destinos da Nação.
Este video dá uma pequena ideia do que é e representa para o Mundo o grupo Bilderberg.
Basta fazerem copy past.
http://video.search.yahoo.com/search/video?p=bilderberg

domingo, 17 de outubro de 2010

O Caso Casa Pia - 5


Os personagens e acontecimentos aqui narrados provém da mente fecunda do autor e nada têm a ver com a realidade.


Desde pequeno António tinha a loucura da rádio,lá onde nascera cedo começou a trabalhar naquele ramo.
Veio para Portugal e continuou a sua subida ao estrelato.
Rádio,TV,foi alicerçando uma imagem única no meio em que se movia.
Mais tarde,muito mais tarde cria uma empresa de audio visual que de sucesso em sucesso vai singrando até contar nos seus quadros com mais de 100 profissionais.
António move-se bem nos circulos do poder,seja à direita ou à esquerda todos o reconhecem como o melhor dos melhores.
De repente o caos abate-se sobre a sua cabeça,a empresa afunda-se e ele tem de fazer face a uma doença grave que o obriga a gastar o que tem e não tem.
Em Paris recebe uma proposta tentadora.
Usar a empresa que tem para fazer filmes "especiais".
Medita longamente nesta proposta e acaba por aceitar.
Depois de entrar no meio já não havia saida.
Propõem-lhe a criação de uma agência de modelos para que jovens prostitutos possam circular livremenete pelo mundo,conforme as convenências do negócio.
A esposa fica encarregue dessa parte do negócio.
António começa a levantar cabeça e a pagar as dívidas que tinha acumulado.
Mas foi sol de pouca dura,de repente o sino de alarme toca e divorcia-se,desfaz a agência de modelos e ao mesmo tempo as televisões deixam de o convidar.
Alguém já tinha escolhido as vitimas que iriam tombar junto com José Ferragudo e António Raposo.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

O Caso Casa Pia-4-A Armadilha


Os personagens e acontecimentos aqui narrados provém da mente fecunda do autor e nada têm a ver com a realidade.

O Conde De Bailio,presidente do Banco Imperium, acordou muito cedo,na sua cabeça corriam os pormenores todos da festa que iria dar naquela noite no seu palacete do Estoril.
Não era uma festa igual às outras que decorriam todas a semanas.
Esta era especial,iria estar presente um administrador da Luso França,Sr Bouchet,empresa que estava a fechar um negócio extremamente importante para o Banco e ele necessitava urgentemente que passasse pelas suas mãos.
Recapitulou os telefonemas e contactos que tinha tido durante a semana.
-Serviço de catering e decoração pela empresa do costume.
-O seu amigo Freitas encarregou-se de contactar o Luis da Casa Pia para os rapazes e a D. Efigénia para as meninas.
-O seu amigo da PJ,Inspector Couto já tinha mandado preparar o quarto azul,camaras,microfones,etc.
-O seu amigo americano traria os rapazes treinados para as filmagens.
-A coca e o viagra vinham do sitio do custume.
-A lista de convidados estava feita e confirmadas as presenças.
-O Dr Viana ficara encarregue do controle sanitário dos prostitutos.
Bem ,estava tudo pronto.
São rigorosamente 21 Horas,quando chega à Av do Estoril o primeiro convidado.
A sala principal,adornada em tons de ouro está esplendorosa,ao meio a mesa de buffet,a toda a volta da sala,mesinhas de pé de galo forradas a vermelho,têm linhas de coca já enfileiradas e tubos de prata trabalhada ao lado.
Bombonieres Vista Alegre cheias de comprimidos azuis.
Musica suave e iluminação a condizer.
Pelo chão,aqui e ali almofadas em profusão.
Os 4 quartos,o azul,o rosa, o vermelho e o amarelo também estão preparados.
Os jovens estão desde há algum tempo numa sala à parte onde já lhes foi fornecida droga e bebidas para os aquecer.
Chegam o resto dos convidados e é dado o sinal para se iniciar a festa.
O Sr. Bouchet merece as atenções especiais.
Um empregado só para o servir e manter a flute sempre cheia.
São 22 horas e o ambiente começa a escaldar,entram as crianças vestidas de tunicas romanas transparentes,cada um escolhe a sua presa e começa o deboche.
O Sr, Bouchet,meio bêbado é encaminhado pelo dono da casa para o quarto azul,sabendo das suas inclinações o Conde tinha mandado para esse quarto os 3 pequenos americanos.
Peritos no seu trabalho,sabiam onde estavam as camaras e como colocarem o seu cliente de maneira a ficarem todos bem no retrato.
No dia seguinte o Sr Bouchet acordou numa cama enorme,num quarto pintado em tons de azul e ao lado,na mesa de cabeceira,um envelope.
Antes de o abrir já sabia que tinha sido apanhado.
Fotos onde se via perfeitamente miudos que não teriam mais de 10 ou 12 anos em práticas homosexuais consigo como estrela principal.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

O Caso Casa Pia-3


Os personagens e acontecimentos aqui narrados provém da mente fecunda do autor e nada têem a ver com a realidade.

José Couto entra na Policia Judiciária como mero condutor.
Ao longo dos anos vai subindo na hierarquia e acumulando conhecimentos e favores entre todo o tipo de gente.
Para si,vai fazendo cópia de tudo aquilo que lhe possa interessar.
Do assassinato do filho de um banqueiro numa festa gay,guarda o nome do assassino,já que o processo é mandado abafar pelo então dirigente do País.
Em Cascais,na casa de um diplomata protegido do Ministro dos Negócios Estrangeiros,uma caixa cheia de fotos com gente conhecida em actos pedófilos.
Desde há muito que a pedofilia grassava em Portugal,sendo um roteiro indicado em todas as revistas gay como um destino paradisiaco.
-A Casa Pia como instituição remonta à fundação da Real Casa Pia de Lisboa (Lisboa, 3 de julho de 1780), por Pina Manique, intendente-geral da Polícia sob o reinado de Maria I de Portugal. Destinava-se à educação de órfãos e à recuperação, através do trabalho, de mendigos e vadios.
Com o andar dos anos e o beneplácito de altas individualidades do País,transformou-se em fábrica de jovens de ambos os sexos para festas pedófilas.
Volta que não volta falava-se em alunos da Casa Pia a prostituir-se no Parque Eduardo VII,Rossio,Jardins de Belém,etc.
Luis,entra na Casa Pia muito novo,e começa desde logo a ser abusado por alunos mais velhos,mestres e mais tarde passa a violador.
As queixas destes abusos chovem na secretária do diversos Provedores que por lá passam.
Uns porque sofrem pressões,outros porque são pedófilos e outros por desinteresse,nada fazem.
Corre o ano de 1998,uma chamada anónima para a PJ dá indicação de um grupo de jovens,alguns da Casa Pia,que se dedicam à prostituição e ao mister de "arrebentas" no Parque Eduardo VII.
A investigação começa e rápidamente se chega à conclusão que estavam debaixo de uma bomba,tantos eram os politicos e pessoas importantes que usavam os serviços desses jovens.
Entregues as conclusões ao Procurador Francisco Santos(muito conhecido nos meios gay),imediatamente veio ordem para se parar a investigação.
Maria da Luz,inspectora encarregue do caso,no entanto,resolve de motu proprio,fichar todos os jovens prostitutos e seus clientes.
Ao todos criou 800 fichas com os dados de cada um e foto.
Luis,já homem feito é agora motorista da Casa Pia,entra e sai a seu bel prazer,leva rapazes que escolhe a dedo para"passeios",denunciado como violador dos menores e angariador de clientes,passa sempre incolume.
Na PJ começa a perseguição a Maria da Luz.
Processos disciplinares ums atrás dos outros obrigam-na a pedir a transferência para outro lugar.
O seu trabalho desaparece das instalações da PJ e vai enriquecer o espólio do Inspetor Couto.
O partido no poder através dos Serviços Secretos e a pretexto de constituir matéria sensível,fica também com uma cópia.
Mais ou menos nesta altura o Ministro da Defesa vai para um hotel de Lisboa com um jovem prostituto e leva consigo a mala onde estão documentos que pretende estudar em casa.
O jovem é um "arrebenta",depois do serviço acabado rouba a mala.
José Couto,no dia seguinte apresta-se a devolver a mala desaparecida,mais uma que lhe ficam a dever.

sábado, 9 de outubro de 2010

O caso Casa Pia-2


Começamos aqui um romance,os seus personagens provém da mente fecunda do autor e as personagens e acontecimentos narrados nada têem a ver com a realidade.

No PS,corre o ano de 2002 e a ala direita do partido começa a ganhar força,prevendo-se que José Ferragudo venha a ser presidente do partido e o seu delfim,António Raposo primeiro ministro.
A fação esquerdista do partido bem como elementos de outros partidos não vêem com bons olhos esta ascenção.
O velho ditador do PS reune os seus apoiantes e depois de muitas indecisões acabam por decidir uma estratégia para mudar o rumo da situação.
Vão provocar um escândalo que faça cair José e o seu delfim.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

O caso Casa Pia-1


Para entender parte da história.
Nunca saberemos exatamente quem foi culpado ou inocente.
Sabemos que naquele banco dos reus faltaram muitos nomes sonantes deste País,ou porque tinham prescrevido os crimes ou porque usaram as suas influência ou ficaram a dever uma a quem os não denunciou.

Esta parte 1 pretende recuar no tempo e entender a guerra de poderes dentro da PJ.

Investigação 33 - MP colocou inspectora-chefe da PJ sob escuta
O TELEFONE PRIVADO da inspectora-chefe da Polícia Judiciária, Ana Paula Matos, foi colocado sob escuta no âmbito do processo Casa Pia, por ordem do Ministério Público e do juiz Rui Teixeira, incidente que poderá levantar uma forte onda de indignação no seio da Polícia Judiciária.
A escuta foi pedida pelo inspector Dias André e pelo procurador João Guerra, e foi ordenada pelo juiz Rui Teixeira, tendo unicamente como base uma denúncia feita por uma mulher (alegadamente ligada ao mundo da prostituição) ao inspector da PJ, Dias André, que mantém um conflito pessoal com a sua colega Ana Paula há vários anos. O episódio assume à primeira vista contornos de vendetta pessoal, mas uma análise mais cuidada mostra-nos uma outra realidade, em que parece haver uma acção concertada em aniquilar qualquer crítica à forma como foi conduzida a investigação e recolha de provas no processo da Casa Pia. O conflito entre Dias André, Rosa Mota e a sua colega Ana Paula data de há uns sete anos. Em 1997 e 1998, Ana Paula e os seus colegas fizeram um levantamento exaustivo de jovens e crianças que se dedicavam à prostituição no Parque Eduardo VII, Rossio e Príncipe Real, em Lisboa, tendo organizado um ficheiro de arrumadores e arrebentas, com cerca de 800 fichas. Mais de metade eram de prostitutos, muitos dos quais tinha iniciado a actividade aos 10, 11 e 12 anos. Muitos deles eram casapianos. Em cada uma destas fichas constava o nome do jovem, apelido, morada e traços físicos. No verso da ficha, uma fotografia do jovem, tirada nas instalações da PJ, no segundo andar, junto a uma porta, mesmo ao lado do gabinete da inspectora Rosa Mota, que chefiava a secção de Ana Paula.

Também o SIS se interessou pelo assunto, justificando-se isso com uma tese que apontava para a «existência de um lóbi homossexual, suprapartidário e suprareligioso, acima do Opus Dei e da maçonaria, que teria como fio condutor as suas ligações homossexuais e, em alguns casos, até pedófilas. Este lóbi tinha uma força real ao nível político e económico sendo que as suas acções com crianças, passíveis de serem alvo de extorsão, podiam colocar em causa a segurança nacional» -- segundo fonte próxima dos Serviços de Informações.

Parte da informação recolhida pelo SIS teve como fonte a PJ, nomeadamente este ficheiro organizado e compilado pela secção de Ana Paula, dirigida por Rosa Mota, hoje destacada para o processo Casa Pia juntamente com os inspectores Dias André, José Alcino e Fernando Baptista.

Por essa altura, em 31 de Março de 1998, a inspectora-chefe Ana Paula recebe uma chamada de uma mulher que denunciava a existência de um grupo de assaltantes, prostitutos e chantagistas que actuavam no Parque Eduardo VII, chefiados por um tal João Alves. Do grupo faria parte o seu filho Rui[zinho], casapiano, na altura com uns 12 ou 13 anos de idade, mas já assaltando de arma em punho.

Bastaram poucos dias para os agentes da PJ descobrirem a identidade da mulher, uma alegada prostituta chamada Antónia, que, segundo uma testemunha, mantivera relações com João Alves, o chefe do gang a que o filho pertencia e que ela agora denunciava, porventura motivada por vinganças pessoais.

Desse gang do Parque fazia parte também um outro jovem com alcunha de Piriquito, também ele casapiano, tido como prostituto “de gente muito importante, políticos de direita” – segundo vários frequentadores do Parque. Mas a questão nunca foi cabalmente investigada pelo MP, que decidiu apressadamente arquivar partes do processo do Parque, que poderiam descobrir uma verdadeira rede de abusos sexuais a menores.

Nessa altura, o procurador do MP era um tal João Ramos que, curiosamente, foi a quem Rosa Mota enviou o actual processo da Casa Pia, em Novembro de 2002, alguns dias mais tarde entregue a João Guerra.

Este procurador João Ramos, conhecido nos meios gay de Lisboa, decidiu na altura do processo do Parque o arquivamento dos autos relativos a crimes de abusos sexuais, avançando exclusivamente com as acusações por roubo. Ana Paula e os seus colegas conseguiam desmembrar o gang do Parque, mas não logravam que se investigassem a fundo os abusos sexuais a menores e redes de extorsão.

Também Rosa Mota fizera-lhe saber que não queria que se metesse nesse tipo de investigação. As relações azedam-se.

Ainda investigavam este processo quando, em Novembro de 1998, a inspectora Ana Paula foi afastada da sua secção. «De repente começaram a surgir processos contra ela, até que foi afastada», conta-nos um operacional que trabalhara a seu lado. «Um seu superior chegaria mesmo a dizer-lhe que a melhor forma de a proteger era afastá-la dali o mais depressa possível», refere-nos a mesma fonte.

Três dias depois de Ana Paula sair, no dia 21 de Novembro, entra Dias André, que se iniciara na PJ como motorista. A partir desse momento, seria ele a dirigir a brigada que se ocupava de assaltos e furtos, sob as ordens de Rosa Mota. O certo é que nunca mais se ouviu falar de alguma investigação sobre a prostituição juvenil ligada aos assaltos, e seus tentáculos laterais, sobretudo a extorsão.

Três anos depois de Ana Paula ser afastada, Rosa Mota e Dias André mudam-se surpreendentemente para a 2ª secção, responsável pela investigação dos crimes sexuais. A base de dados contendo parte das cerca de 800 fichas iria na bagagem de Dias André, (algumas centenas tinham sido deitadas para o cesto do lixo), que manteve sob sua alçada esta base de dados ilegal durante todos esses anos, até ser descoberto pelas chefias, na sequência de um artigo publicado no EXPRESSO, em Agosto de 2003, onde se denunciava a existência do ficheiro.

Quanto a Ana Paula, relegada para prateleiras sucessivas, com processos disciplinares, ficou-lhe (segundo alguns seus colegas) a memória de Dias André e Rosa Mota, como «inimigos» viscerais.

É com este «enquadramento histórico» que deve ser vista a decisão de colocar sob escuta o telefone de Ana Paula. O argumento escolhido foi um providencial encontro entre Dias André e Antónia, a tal mulher que esteve na origem do processo do Parque,. Diz este que em 31 de Setembro de 2003 foi contactado por Antónia às 21:30 horas, a qual lhe terá contado “uma longa história” sobre uma abordagem feita na véspera pela inspectora-chefe Ana Paula, pedindo-lhe dados sobre um tal Piriquito, um Paulo e um tal Steve, todos eles personagens relacionados com o Parque Eduardo VII.

Segundo Dias André, Antónia disse-lhe que Ana Paula lhe contara que a investigação da Casa Pia estava a ser mal conduzida, que os arguidos estavam inocentes e que lhe prometera algum dinheiro a troco de «alguns elementos sobre indivíduos conhecidos do seu filho Ruizinho e na altura em que aquele foi abusado sexualmente.»

Ana Paula é tida como uma das profissionais da PJ que melhor conhece os meandros da prostituição juvenil. Se o que a prostituta contava era verdade e se existissem de facto esses «elementos sobre indivíduos», porquê então colocar o telefone de Ana Paula sob escuta, em vez de chamá-la a depor e com ela descobrir esses mesmos elementos, que podiam permitir apurar a verdade?

Por isso, a acção contra Ana Paula pareceu sobretudo visar a paralização de acções que pudessem colocar em causa a investigação ao processo da Casa Pia, e o episódio deixa sérias dúvidas sobre se o testemunho da inspectora-chefe não poderia, afinal, descobrir o que a investigação actual do MP negligenciou.

Mas o argumento usado para colocar o seu telefone sob escuta foi o de «favorecimento pessoal». O mesmo tipo de argumento usado contra Ferro Rodrigues, para também colocar os seus telefones sob escuta.

Não obstante a nossa insistência, não conseguimos até ao momento obter uma reacção da inspectora-chefe Ana Paula.

Jorge Van Krieken"

domingo, 3 de outubro de 2010

O caso do Parque

Carlinhos vive em Chelas. Foi criado com a avó, porque a mãe não tinha tempo. Completou o 9.º ano e depois saiu da escola. Mas nunca trabalhou. "A minha família nunca me deu nada. Agora posso fazer a vida que eu quero." Os carros passam para cima e para baixo, cada vez em maior número. Na sua maioria são grandes, de gama alta, com um homem sozinho. "Já há dois anos que venho para aqui. Vim porque amigos meus me trouxeram. Eu via como eles ganhavam dinheiro, como falavam de telemóveis e motos, e também quis."

Os carros páram, para falar com os jovens, que não são mais de uma dúzia, de ambos os lados da rua. A procura em clara desproporção com a oferta. "Vou por 80 euros. Oral ou anal, 20 minutos, no carro. Às vezes dão presentes."

Os jovens que se prostituem aqui aparentam quase todos mais de 18 anos. Mas há alguns de 13 e 14, garante o Carlinhos. São do bairro dele e de zonas semelhantes. Alguns estão em instituições. Da Casa Pia e outras, acrescenta.

"Desde que começou a ser falado na televisão, isso diminuiu muito", diz Sérgio, referindo-se à prostituição de rua de alunos da Casa Pia. "Mas agora voltou. Há clientes, não há? Enquanto houver o negócio não pára."

Carlinhos diz que faz uma média de cinco clientes por dia. Aos fins-de-semana pode chegar aos 15. "Não quero ter uma vida triste. Nem andar a roubar. Prefiro estar aqui, onde me dão valor pelo que eu sou. Tenho amigos, sei que nunca terei problemas."

Não vem todos os dias. Mesmo assim, faz mais de três mil euros por mês. Sem contar com as festas. Aí o cachet vai aos 300 euros, fora as "lembranças". Decorrem em casas particulares, geralmente na zona de Évora. "Bebemos, dançamos, depois cada um dos senhores pega num rapaz e leva-o para um quarto. Mas é tratamento VIP. Não nos falta nada."

O problema com as festas são os intermediários. Os contactos são muitas vezes feitos por angariadores, proxenetas que organizam tudo e ficam com uma grossa comissão. São eles que sabem das festas e que promovem encontros em hotéis. "Não gosto disso", diz Carlinhos. "Trabalho por conta própria. Não preciso de ninguém a controlar a minha vida."

Gere sozinho o negócio. "Perigoso? Não. Eu sei o que faço. Quanto menos confiança, melhor. Não quero saber os nomes deles, nem que eles saibam o meu. Nunca combinamos nada. Acontece no momento. Aparecem, chegamos a acordo, fazemos o que tem de ser feito, ciao."

Carlinhos tem namorada, que não sabe que ele está aqui. Diz à avó que vai dormir a casa da mãe e a esta que fica com a avó. Nem uma nem outra alguma vez se preocupou em saber se era verdade. "Quanto menos pessoas souberem, melhor", diz ele.No futuro, quer ir para o estrangeiro. "Isto não é vida para mim", diz, pensativo, olhando as sapatilhas Puma que tem nos pés. "O meu sonho é comprar um Porsche. Um Carrera branco. E ir para a Suíça. Quero ter uma vida a sério. Não quero acabar como esses." Aponta para os carros familiares que planam sobre o parque, como rapinas.

Lá dentro vão rostos alheados e hostis, fingindo não olhar para o lado, como se a rua tivesse saída para algum lado. Ou cabeças grisalhas espreitando pelas janelas, olhos semicerrados de avidez, desprezo e medo, procurando a presa como se vasculhassem os despojos de uma catástrofe.

"São pessoas tristes. Têm tudo e não estão satisfeitos. Metem-me muita pena", diz o Carlinhos, fazendo voz de homem. "Eu posso ir com estes senhores, para comprar um Porsche, mas nunca serei como eles."

(Sérgio e Carlinhos são nomes fictícios. O diminutivo não)
Picado daqui:
http://www.publico.pt/Sociedade/prostituicao-de-menores-e-o-ultimo-acto-das-longas-noites-do-parque_1454158?all=1
1996:
Uma brigada da PJ, chefiada por Ana Paula, descobre criminalidade pedófila, no Parque Eduardo VII e nos Jerónimos, com envolvimento, preponderante, de alunos da Casa Pia, de várias idades. A actual coordenadora de investigação criminal, Rosa Mota, tentou parar a investigação, dizendo, a Ana Paula, que era uma questão “muito perigosa”. Esta, no entanto, continuou; e organizou um ficheiro dos miúdos. Repare-se que, neste ano, já Pedro Strecht “acompanhava” os alunos da Casa Pia. Os miúdos mostraram casas no Restelo, Cascais e Coruche. Um deputado europeu foi apanhado em flagrante. Ana Paula recebeu “ordens” para “esquecer o sujeito”. Não obedeceu totalmente e, como consequência, os elementos que trabalhavam com ela foram perseguidos, acabando por pedir transferência. Mesmo assim, Ana Paula ainda descobriu muito, de muitas figuras, e também filmes domésticos. Foi afastada da Brigada e “posta na prateleira”.
Quatro ou cinco anos mais tarde, (no início deste século, portanto) foi “apertada” pelo Dr. Rui Pereira, Director do SIS, e pelo chefe Basílio, também do SIS, que queriam “informações” sobre o caso dos miúdos. Basílio queria elaborar um dossier que estabelecesse a ligação entre políticos do PS, figuras ligadas a esse partido, e a homossexualidade. Ele, e colaboradores, andaram a entrevistar miúdos e adolescentes, nas zonas de prostituição masculina e nas cadeias. Chegavam a mostrar fotografias. Depois deste “aperto”, Ana Paula pediu a transferência para o terrorismo.
Este ficheiro desapareceu.

Portanto já é conhecido desde pelo menos 1996 que há crianças da Casa Pia a prostituir-se no Parque

Escandalo Ballet Rose

No final dos anos 60 rebentou em Portugal um escândalo sexual, envolvendo políticos poderosos do Regime do Estado Novo, prostitutas e filhas de prostitutas, meninas muito jovens, de 8 , 9 , 10 anos, que eram entregues pelas mães para se prostituirem com vários dignitários do Regime
Ficou na história conhecido como o "Rallet Rose".

Como se sabe , em 1967 rebentou um escândalo de abuso sexual de meninas, algumas com 8 e 9 anos, por parte de gente muito influente do Regime do Estado Novo.
Além de Condes, Marqueses, estavam implicados industriais, empresários e um Ministro do Governo de Salazar. O Correia de Oliveira (ministro da Economia).
Quarta-feira, Agosto 20, 2008
Ballet Rose - Abusos sexuais de crianças e a "Caça à Lolita no jardim do ministro"

Já aqui escrevi sobre o escândalo sexual, de abuso sexual de menores, que ficou conhecido por "Ballet Rose".

Mas agora vou referir o jogo sexual entre os velhadas abusadores e as crianças, o jogo chamado "A Caça a lolinha no jardim do ministro" e,porque razão ficou o escândalo conhecido por "Ballet Rose" e indicar duas ou três "coincidências" entre esse caso e o escândalo "Casa Pia".

Como se sabe , em 1967 rebentou um escândalo de abuso sexual de meninas, algumas com 8 e 9 anos, por parte de gente muito influente do Regime do Estado Novo.

Alem de Condes, Marqueses, estavam implicados industriais, empresários e um Ministro do Governo de Salazar.

A PJ prendeu a modista Genoveva, encontrou uma lista com os clientes das meninas.
Uma das raparigas foi à PJ , na companhia do advogado Dr. Fernando Pires de Lima e contou tudo o que sabia.

Um escândalo !

O Poder quis que o advogado se afastasse. Mas este assumiu a defesa da rapariga.

Foi então revelado um dos "prelimirares sexuais", que vou contar citando o Livro nº 23, da Edição Os Anos de Salazar" 1967.

O jornal italiano ABC publicou um artigo sobre o escândalo sexual com o título " A caça à lolita no jardim do ministro" .

Vou então citar o livro que acima referi neste excerto:

"Sob o título "Caça à lolita no jardim do ministro", relata-se detalhadamente a participação entusiasmada de um membro do executivo, muito próximo de Salazar, em brincadeiras com raparigas de idade inferior a 14 anos, juntamente com outros indíviduos.
Nos jardins da grande moradia que esse ministro tinha no Estoril , realizavam-se frequentemente aquilo que era descrito como "caçadas", durante as quais uma dezena de miúdas completamente despidas, com excepção dos sapatos e de uma cabeleira com uma fita colorida, eram soltas como se de uma reserva animal se tratasse. Uma vez em liberdade, os caçadores- "diversos aristocratas, o tal ministro e altos funcionários estatais" - seguiam-lhes no encalço, igualmente despojados de roupas e também com uma fita colorida. O "jogo" consistia na captura da rapariga que tivesse a fita com a mesma cor que o seu "caçador" e na consequente consumação do acto sexual. Noutras ocasiões, as menores dançavam nuas sob holofotes de luz rosa, prática conhecida como "Ballet Rose" e pela qual o caso ficou conhecido.".
In. Ob. Cit. ág. 23.

Perante o escândalo o Poder Político defendeu-se atacando o advogado de defesa da rapariga. Colocando escutas telefónicas para impedir os jornalistas estrangeiros de obter informações.Disse que estava ofendido "O bom nome de Portugal", que era tudo calúnia, difamação, que era a imprensa e a oposição que inventavam tudo.

Pressão atrás de pressão sobre a PJ , o Ministro da Justiça Prof. Antunes Varela demitiu-se por não concordar que fosse abafado tamanho crime, que era de delito comum e não político e o caso foi abafado.

Mais tarde descobriu-se que um industrial tinha até uma sala de torturas para as suas prostitutas, que uma morreu enforcada.

O regime abafou tudo.

Quem conhece o caso Casa Pia , ainda que pela comunicação social, poderá ajuízar as coincidências com o caso Ballet Rose, nomeadamente a célebre "teoria da cabala".
Com uma agravante: Vivemos num Regime Democrático, na União Europeia!!!
Picado daqui:

Embora todos os nomes nunca tenham sido publicados,envolveu o Conde de Monte Real
O processo judicial decorreu entre 1966 e 1971 (embora as investigações pela Polícia Judiciária, tenham sido interrompidas inesperadamente em 1968 e o caso abafado ao mais alto nível). O então advogado, Dr. Mário Soares, um dos denunciadores dessas práticas, foi acusado de atentar contra o «bom nome de Portugal» ao divulgar o caso na imprensa estrangeira em 1967, sendo preso e deportado para S. Tomé e Príncipe.
Alguns arguidos foram levados à barra do tribunal mas, por falta de provas, já que a maioria dos intervenientes deram versões (pagas?) de pouca credibilidade dos factos que se teriam passado, foram absolvidos, com excepção de uma modista, um administrador bancário, um proprietário hoteleiro, e duas prostitutas, e falou-se de um ou dois suicídios.
Embora todos os nomes nunca tenham sido publicados,envolveu o Conde de Monte Real,Conde de Caria e Conde da Covilhã.

Para a história gay e lesbica em Portugal

PEDERASTIA NÃO TEM A VER COM SER GAY OU LESBICA
AS FESTAS QUE SE REFERENCIAM POR VEZES TERIAM MENORES,SÓ POR ISSO TEM INTERESSE ESTE ARTIGO.
Pelo menos uma destas pessoas fez parte do escândalo Ballet Rose
http://www.opusgay.org/Ditadura_Gay.html

 

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