terça-feira, 24 de agosto de 2010

Processo Casa Pia-Conclusões e lacunas


O Escândalo Casa Pia rebentou a 23 de Setembro de 2002,quando um antigo aluno da Casa Pia em entrevista à jornalista Felícia Cabrita, alega ter sofrido de abusos sexuais, enquanto jovem. Os principais responsáveis desses abusos eram figuras públicas e um ex-funcionário da Casa Pia, Carlos Silvino, mais conhecido como Bibi.
Pelo demonstrado neste blog já era do conhecimento de altas individualidades deste País este facto,pelo menos desde 1980.

A 29 de dezembro de 2003,o Procurador-geral da República, José Souto Moura, acusa formalmente várias personalidade de abusos sexuais a menores:
-Herman José e Carlos Cruz, duas estrelas da televisão portuguesa.
-O arqueólogo Francisco Alves e o antigo médico da Casa Pia, Ferreira Diniz.
-O ex-Ministro da Segurança Social do governo de António Guterres e actual deputado do Partido Socialista, Paulo Pedroso.
-O embaixador Jorge Ritto.

A 1 de Fevereiro de 2003 é detido o apresentador de televisão Carlos Cruz (sendo posteriormente libertado a 4 de Maio de 2004 ficando em prisão domiciliaria),o advogado Hugo Marçal e o médico Ferreira Diniz, por "fortes indícios" da prática dos crimes de abuso sexual de menores e lenocínio (incentivo à prostituição). Hugo Marçal é libertado mediante o pagamento de uma caução de 10 mil euros.

A 1 de Abril de 2003 é detido o ex-provedor adjunto da Casa Pia de Lisboa Manuel Abrantes ( sendo posteriormente libertado a 7 de Maio de 2004 ficando em prisão domiciliaria)[1].

A 20 de Maio de 2003 é detido o embaixador Jorge Ritto (posteriormente libertado a 2 de Abril de 2004 mas obrigado á apresentação semanal às autoridades policiais e a não se ausentar do concelho onde reside.

O julgamento iniciou-se em 25 de Novembro de 2004, com sete arguidos: Carlos Silvino, Carlos Cruz, Jorge Ritto, Ferreira Diniz, Manuel Abrantes, Hugo Marçal e Gertrudes Nunes. O caso arrastou-se durante anos, com audiências públicas e não públicas para auscultar as alegadas vítimas.

Estava marcada a leitura da sentença para o dia 5 de Agosto de 2010, mas sofreu um adiamento para o dia 3 de Setembro de 2010.
Estes são os factos.

Poderemos dizer sem erro que este escândalo aparece para decapitar a subida de Ferro Rodrigues ao topo socialista.

De fora ficam:
-Ferro Rodrigues,nunca foi indiciado por qualquer crime embora,e segundo noticia no Expresso de 2003/05/25,4 crianças violadas o tenham situado em locais onde ocorreram violações.
O mesmo jornal afirmava não haver provas do seu envolvimento em actos de pedofilia e o Procurador Geral Souto Moura afirma,na altura, que Ferro Rodrigues não é suspeito.
-Herman José,não foi provado ter tido actos pedófilos com menores.
-Paulo Pedroso
Braço direito de Ferro Rodrigues foi Secretário de Estado do Ministério do Trabalho de 1999 a 2001,responsável pela Casa Pia.
É acusado e preso em 2003/05/23,mas mais tarde o MP deixa cair a acusação e ordena a sua libertação.
Paulo Pedroso intenta 2 acções em Tribunal,contra o Estado e contra os seus acusadores.
Acaba por perder ambos os processos.

Façamos uma pausa.

ATÉ Á SENTENÇA FINAL DESTE JULGAMENTO DEVEMOS E TEMOS A OBRIGAÇÃO MORAL DE NÃO FAZER JUIZOS SOBRE A IDONIEDADE MORAL DE NENHUM DOS ACUSADOS,no entanto os media já os crucificaram em praça pública.
A imprensa enfoca o caso com uma publicidade sensacionalista mais baseada em boatos do que em pesquisas, o que dificulta sobremaneira que a maioria das pessoas e até os organismos judiciais, cheguem a conclusões e ajam de acordo com elas.
Provávelmente alguns dos acusados estão inocentes e ESSES SÃO TÃO VITIMAS QUANTO AS CRIANÇAS ABUSADAS.

Aguardemos pela sentença,que prevejo não ser final,já que o processo pode ser impugnado.

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